Basicamente, o Trip Hop (tambĂ©m chamado de "mĂșsica de Bristol", em referĂȘncia Ă cidade da Inglaterra, onde o gĂȘnero surgiu) Ă© mĂșsica eletrĂŽnica em downtempo (lenta), marcada por downbeats (batidas desaceleradas, menos de 120 bpm) e pelo uso de instrumentos convencionais e acĂșsticos, sendo essa uma caracterĂstica importante, que acaba personalizando cada grupo e/ou artista. No Trip Hop, as semelhanças dentro do gĂȘnero sĂŁo poucas.
Ă uma mĂșsica lenta, influenciada pelo Hip Hop no uso do scratch e das vozes, pela house, no uso dos boucles de frases musicais.
A histĂłria do Trip-Hop, assim como toda a mĂșsica eletrĂŽnica, estĂĄ ligada ao house, estilo que surgiu no começo da dĂ©cada de 80, quando diversos mĂșsicos dos EUA (especificamente de Chicago, Nova York e Detroit) resolveram refazer eletronicamente a mĂșsica disco dos anos 70, fundindo com r&b, funk e soul, dando origem ao house.
Durante a década de 80, ocorreram vårias experimentaçÔes do house, que acabou se segmentando em diversos estilos, como o trance, o techno e o drum n' bass.
O Trip-Hop surge quando alguns mĂșsicos resolvem que a mĂșsica eletrĂŽnica nĂŁo deve ser necessariamente upbeat (que fora usado atĂ© entĂŁo), e passaram a criar em downbeat. Isso foi na Inglaterra, onde, na cidade de Bristol, um grupo chamado The Wild Bunch passou a criar sob essas diretrizes, dando origem ao Trip-Hop (ainda que o termo fosse surgir somente na dĂ©cada de 90). No final dos anos 80 o grupo se dissolve e alguns membros passam a formar o Massive Attack.
Em 1991, o Massive Attack (banda composta com 3D, Daddy G, Mushroon e Tricky, este Ășltimo por pouco tempo) lançam o ĂĄlbum Blue Lines, e, em 1994 os Portishead (Beth Gibbons e Geoff Barrow que tambĂ©m trabalhou no projecto do Massive Attack ) lançam o Dummy, consagrando, enfim, o Trip Hop como estilo. Muitas outras bandas jĂĄ existentes poderiam ser consideradas como Trip Hop pela semelhança do estilo, como Cocteau Twins ou Dido. .
