Christian McBride | pt

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Christian McBride começou a tocar contrabaixo elétrico aos nove anos, influenciado por seu pai e seu tio-avô, ambos contrabaixistas profissionais. Seu pai Lee Smith tocou com Billy Paul e o cubano Mongo Santamaria, e seu tio-avô tocou ao lado de músicos de avant-garde como Sun Ra e Khan Jamal. Aos 11 anos passou para o contrabaixo acústico, estudando a princípio música clássica com bons professores como Neil Courtney, coordenador da Philadelphia Orchestra. Aos 13 já atuava profissionalmente em bandas locais.

Um ano mais tarde, Wynton Marsalis impressiona-se com o garoto de 14 anos e o convida a integrar seu grupo na Academy of Music. Ele aceita e Marsalis torna-se uma espécie de mestre para McBride, aconselhando-o sobre o que e como ouvir para melhor sedimentar seus conhecimentos jazzísticos. Em 1989 gradua-se na High School of Performing Arts e recebe uma bolsa parcial de estudos na aclamada Julliard School of Music em Manhattan. No entanto, mal consegue terminar o primeiro ano devido à sua agenda já muito ocupada. Toca em Jazz Clubs de Nova York, excursiona com a banda do saxofonista Bobby Watson, e nesta mesma época conhece Betty Carter, uma de suas maiores entusiastas.

No ano seguinte decide abandonar os estudos acadêmicos e excursiona com a banda do amigo trompetista Roy Hargrove, concluindo que tocar com o maior número possível de músicos seria sua melhor escola. Em agosto do mesmo ano assume o posto de baixista da banda de Freddie Hubbard com quem toca, grava e excursiona por mais de três anos. Nos intervalos entre as apresentações com Hubbard toca também com o sax tenor Benny Golson e o pianista Benny Green.

É aclamado pela revista Rolling Stone como o jazzista mais quente de 1992, e não desaponta, participando do seletíssimo quarteto de Pat Metheny (Pat Methney’s Special Quartet), que contava com a presença do veterano baterista Billy Higgins e a estrela ascendente do sax tenor, Joshua Redman. No ano seguinte, enquanto excursiona com Redman, assina um contrato com o selo Verve, que lança seu primeiro disco, intitulado Moodswing, em que toca exclusivamente contrabaixo acústico. Neste disco há uma faixa de autoria de Neal Hefti chamada “Splanky” que traz McBride em um trio de contrabaixos ao lado de Milt Hinton e Ray Brown.

Seu álbum de 1996 traz mais uma vez nomes de grande peso como o pianista Chick Corea e o baterista Jack DeJohnette. Nele McBride volta ao que ouvia na infância, tocando clássicos do soul e funk - canções de Stevie Wonder, Earth Wind and Fire, Kool and the Gang e Sly and the Family Stone, cuja composição “A Family Affair” dá título ao disco.

Apesar da pouca idade, Christian McBride já participou de mais de cem gravações, seja em seus discos solo ou acompanhando grandes nomes do jazz. É hoje um dos músicos mais requisitados. .

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